acreditar num beijo teu, é voar sobre as nuvens; cair de cabeça na terra; fingir a morte num suspiro; renascer das minhas cinzas e queimar a alma.
cair nos teus braços, era dançar no meio de estrelas; engolir a água salgada do teu doce mar; cantar sem desafinar, numa harmonia descompassada.
como nada disso acontece, limito-me a aceitar o vazio, queimar as lágrimas, beber o teu toque invisível e envenenar-me com as tuas palavras.
um dia, poderei sentir-te, beijar-te; um dia, seremos um só e quando esse dia chegar? deixarei de temer a morte, porque já tive aquilo que alguma vez mais quis: pensar que és meu; agarrar-te e entrar em ti; ler-te o corpo e sentir-te nu por baixo de mim.
quero e sempre quererei... mas até esse momento chegar, apenas me resta esperar.
« subtilmente, prende os meus lábios no meio dos seus e o primeiro pensamento surge: eu podia morrer mesmo ali, já não fazia mal. »
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