terça-feira, março 8

5# scream.

percorro tudo; tento fugir de ti, do teu abraço, do teu calor.
percorro tudo; cantos, becos, ruas, cidades, praias, campos, buracos, lagos, casas, prédios, montanhas, vales, vazios, rios.
percorro tudo para não te encontrar.
ao fim de um tempo, deixo de correr e descanso. nesse tempo? é impossível, mas estás mais perto que nunca. em sonhos, em lembranças que me assaltam no meio de um choro. sim, eu sinto a tua falta.
eu vou tentar ser sincera, mas algo me impede; mas a dor que me causas-te não me deixa ser simpática contigo, como não mereces. odeio; odeio-te por ainda me fazeres sentir bem. quero que deixes de existir mesmo, em mim; dentro de mim. preciso que alguém te extraia do teu pequeno espaço ainda existente naquilo a que chama-mos coração (porque mesmo que seja pequeno, é a parte que mais marcada está; é a parte que está ainda a sangrar, esperando pela cura).
mesmo que apareçam muitos rapazes, eles têm sempre, sempre, algo teu. andam, falam, parecem... como tu. e não sabes como me deixa doida isso; eu não estou bem, nunca estive, mas desde que apareces-te, piorei.
agora, para me sentir confortável preciso de alguém a picar-me; a dar-me atenção como tu me davas. estou a sentir-me cada vez mais sufocada, devido ao teu cheiro que aparece quando menos quero. porra ********, deixa a minha cabeça; adeus! (mas mesmo assim, permaneces dentro de uma lágrima por deitar, num sorriso que nasce ou num simples bater do coração. porquê?)

note: por vezes, desabafar para uma página de internet é mau; mas fico sempre mais vazia, do que se estivesse a falar com uma pessoa.

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