vou fazer mais 5 dias do desafio, visto que não tenho tempo (nem paciência) para o fazer todos os dias.
dia 21. um texto que tenhas escrito há algum tempo.
« yes, no.
eu quero, tu queres. eu amo, tu não. onde me encaixo? tu és um pouco de tudo, uma gota do oceano, uma pergunta no meio da dúvida. fico a caminhar no ar, a nadar no vazio até encontrar o pouco que guardo de ti. no fundo, que é o meu corpo, está tudo o que és tu; a tua imagem, a tua voz. relembro o nosso encontro como a promessa esquecida de que serás meu, de que viverás em mim. vou pensando no que estás a fazer, no que andas a pensar... será que estás a fazer o mesmo?
ando agarrada a um papel e caneta, ouço música e vagueio no telemóvel a ver o que me dizes... saberás que isto é para ti? uma carta de amor falhada, um pensamento escondido, palavras na solidão. algo que nunca saberás, que não te interessa descobrir.
perco-me em todas as letras que vou desenhando nas linhas do meu segredo; estendo-me por memórias proibidas. quero o teu cheiro, sentir o teu sabor; contudo, só me resta este pequenina dor. »
dezembro de 2010. não é o meu melhor texto, mas tem muito (!) sentido.
dia 22. uma memória que te tenha marcado.
2008. ângelo duarte, nosso verão, nossos dias, nosso amor.
dia 23. uma carta escrita por ti, para um destinatário à escolha.
« olá,
não me perguntes porque te estou a escrever, talvez nem eu mesma saiba. não, também não vou dizer que tenho saudades, que quero o teu sorriso de volta, não vou. porque já devias de saber isto de core. já lá vai 2 anos e meio, e continuo a lembrar-me de ti. quero-te, foste o único que nunca me magoou e que sei, que vai continuar sem me magoar. quero-te, és o único com o sorriso capaz de me deixar sem palavras, e que vai continuar sem me fazer conseguir proferir uma de jeito. quero-te, porque és aquele que marcou os dias de calor intenso, as noites com a sua aragem morna de verão. quero-te, não por te amar, não por seres lindo (o que és) mas por me fazeres feliz apenas por momentos curtos em que estamos juntos.
não penses que me esqueci de ti, pois é impossível (...) »
dia 24. uma experiência que tenha mudado a tua vida.
não foi uma experiência, mas fez-me mudar o meu ponto de vista de certas coisas.
um dia, acordei e pensei: vou sair.
e saí; sentei-me num banco branco à sombra e fechei os olhos, acreditei estar a viver o momento mais bonito da minha vida. naquele momento era apenas eu e o mundo.
não havia barulho, não havia vento, não havia nada. senti um grande vazio e ao mesmo tempo um grande alivio.
se eu estava a sonhar, não queria acordar porque sentia que pertencia àquele lugar; àquele vazio a que eu chamava silêncio. e quando abri os olhos, era tudo luz e sabem? senti-me bem, realmente bem.
dia 25. um sonho ainda por realizar.
um dia, vou olhar para o horizonte e respirar fundo; imaginar-te ali ao meu lado e tocar nas paredes pintadas de branco. vou baixar o olhar e pensar no quanto eu sonhei construir isto contigo. e sabes? vou pensar: meu deus, sou tão feliz.
vou voltar a olhar para o horizonte, cheirar a maresia e ir para dentro de casa, onde talvez a pessoa que me vai fazer sorrir mais do que tu, estará à minha espera.
este é o meu sonho.





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