ela sorria, como se lhe divertisse o meu terror, a minha confusão. gritei, berrei até as minhas cordas vocais se partirem e desta vez ela ria-se; gargalhava, metia medo; eu tinha medo daquele meu lado.
esperei, esperei e depois voltei a saltar uns segundos até que ela parou; olhou-me séria como se examinasse uma experiência sua. deu um passo, outro e vinha na minha direcção. fiquei onde estava, não por querer... os meus pés pareciam presos por raízes. o coração bombeou o sangue mais depressa do que alguma vez sentira o fazer... eu queria morrer ali, ser rápido e indolor aquele fim. estava cada vez mais perto, nem a centímetros se encontrava quando se fixou à minha frente, olhando-me nos olhos... beijou-me e finalmente acordei.
« sonho. »
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