sou um livro difícil de ler, tal como se fosse escrito numa linguagem desconhecida e apenas eu me conseguisse entender. não tenho imagens, fui feita apenas para me divertir a ver a cara de confusão das pessoas. para poder conhecê-las mais fundo, olhá-las com o prazer divino do aborrecimento. tu não me perceberias, irias ser mais um a ver linhas tortas sobre a perfeição. ninguém me sabe, nunca ninguém soube como eu era. e até aqueles que tentaram, desistiram: eu sou a definição do indefinível. podes gastar todas as tuas energias a trazer a minha verdade ao de cima, mas até essas são mentiras feitas para confundir a realidade. não se matem a patrulhar cada canto do meu pensar, pois dele não sairá conclusões, apenas dúvidas. e quando finalmente perceberes que eu nunca fora mais do que uma simples ilusão para ganhares um objectivo na puta da tua vida, os teus olhos já se terão fechado e eu estarei na experiência de outro ser.
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