olho em volta e pergunto-me: será que alguma vez poderei ter uma família normal? não estou a falar de uma aborrecida, em que os serões são uma seca. mas sim, de uma em que o, chamado, ódio familiar não exista. estou farta, quantas vezes o vou ter de dizer? quando o cheiro da morte me chega ao nariz, penso se será necessário comentários tão negativos; eu tenho medo, muito medo que algo aconteça. não quero ver a notícia: ''filha matou mãe e depois suicidou-se'' publicada em todos os jornais, passada na televisão e na rádio. não quero, mas e se for mesmo o desejo de alguém? dói, pensar que um dia, isso possa vir a acontecer dentro da nossa casa. eu quero uma família normal, não uma aborrecida em que os serões são uma seca. quero uma em que o amor é constante, os gritos param de ecoar e dão lugar a uma risada. será possível?
« meio-verdade. »
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